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...o Servo de Deus o Papa João Paulo II, de venerada memória, dizia, na sua passagem pelo Mato Grosso, que osjovens são os primeiros protagonistas do terceiro milênio [...] são vocês que vão traçar os rumos desta nova etapa da humanidade” (Discurso 16/10/1991). ... (homilia do Papa Bento XVI aos jovens no estádio do Pacaembu, 2007)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aborto e saúde pública?

Síndrome pós-aborto ou traumatismo pós-aborto
Dom Antonio Augusto Dias Duarte - Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
 Lema: “Omnia in bonum”


(Cf. “Le traumatisme post-avortement”. Florence Alland – Jean-Régis Fropo – Edizioni: Salvator – Paris – 2007)


Uma pesquisa feita na França sobre os danos físicos e psicológicos decorrentes do aborto provocado e que constituiu um serviço indispensável para a cultura da vida convém ser divulgada e analisada nesse momento histórico brasileiro. Considerou-se nela tanto mulheres que fizeram o aborto sem total conhecimento da ação realizada quanto aquelas que voluntária e conscientemente decidiram recorrer à interrupção da gravidez.

Um dado complementar a essa pesquisa francesa veio dos Estados Unidos (Califórnia), onde foram estudadas 173.000 mulheres que viveram a experiência do aborto, resulta muito significativo:

· nos dois anos seguintes à experiência do aborto, a taxa de mortalidade dessas mulheres, seja por causas duvidosas, seja por causas inespecíficas, é muito alta;

· nos oito anos seguintes ao aborto há um acréscimo de 44% nos sintomas físicos e psicológicos que caracterizam a síndrome pós-aborto.

· as mulheres que recorreram ao aborto têm um risco 63% mais elevado do que as demais de padecerem de distúrbios psiquiátricos.

· 80% das mulheres que recorrem a médicos no primeiro ano após o aborto o fazem movidas por sequelas psicológicas dessa decisão.

A pesquisa francesa mostra algumas características, dados e consequências do aborto na mulher:

→ Perfurações uterinas; lacerações do colo uterino; implante anormal da placenta; inflamações pélvicas e da mucosa uterina; aumento de câncer do colo uterino, do ovário, do fígado, das mamas e do pulmão; gravidezes extra-ulterinas; gravidezes com fetos malformados.

→ Sentimentos de impotência, de amargura, de tristeza, de medo, etc, e de perda do autocontrole emocional e vital.

Outro dado alarmente é o suicídio e aborto, e vem fornecido pelo governo da Finlândia (1997): 60% das mulheres que abortaram tiveram pensamentos suicidas; 28% tentaram o suicídio; 34,7% das 100 mil mulheres que abortaram no país se suicidaram; no primeiro ano pós-aborto a taxa de suicídio triplicou-se em relação a outras mulheres e foi sete vezes maior do que aquelas que levaram a gravidez a termo.

A relação entre aborto e divórcio é outro aspecto que também apresenta dados significativos. Casais franceses não unidos em matrimônio se separaram em torno de 60% - 70% após viverem uma experiência abortiva no relacionamento, enquanto que os unidos em matrimônio sofreram momentos de ruptura da relação porque a mulher culpava o marido pelo seu estado psicológico doentio. Trata-se aqui também de prevenção da saúde da família e dos relacionamentos humanos e sociais.

Com relação a complicações psicológicas pós-aborto, um estudo sociológico feito nos Estados Unidos relatou que a presença desses efeitos deve-se ao fato de que 25% das mulheres sabiam que o embrião era uma pessoa ou que era uma vida humana, 25% tinham dúvida que fosse uma vida, 35% tinham ideias confusas e 15% afirmavam que o feto não era um ser humano. Nota-se aqui a alta porcentagem de mulheres que decidiram pelo aborto em momentos de falta de apoio e de acompanhamento humano nas horas incertas.

As complicações psicológicas estão presentes não só em mulheres com formação religiosa cristã-judaica, mas também em mulheres que vivem em culturas religiosas islâmicas, budistas, etc., o que confirma a tese de que a oposição ao aborto não é gerada apenas por razões católicas, mas também para defender a dignidade da mulher, seja qual for a sua formação.

Há ainda a verificação fáctica de que quando uma mulher que abortou engravida novamente, ela tem plena consciência de que este seu novo filho nunca substituirá o anteriormente rejeitado e morto e que as perdas psicológicas decorrentes do aborto não ficam supridas pela atual maternidade vivenciada.

Infelizmente, o século XX vai ficar na história como o período que mudou o conceito de aborto ao passar da noção de crime ao conceito de “direito da mulher”, do ordenamento jurídico protetor da cultura da vida humana para o conceito de lei protetora da cultura da morte, da definição de gravidez como sinal de saúde física para o conceito de gravidez indesejada, da aplicação de medidas terapêuticas visando à saúde para o conceito de “procedimentos terapêuticos” visando à morte (“aborto terapêutico”).

O século XXI iniciou-se ainda com essa inércia da cultura da morte promovida por governos ditos democráticos e por organismos não-governamentais financiados por instituições e fundações que se infiltraram na ONU, nos congressos e parlamentos nacionais.

Entretanto, a resposta do povo brasileiro nessa primeira década do Terceiro Milênio, demonstrada pelo alto índice de rejeição (80%) do aborto em qualquer período da gravidez e feito de qualquer forma, seja cirúrgica, seja química (pílula do dia seguinte), permite visualizar, com esperança e alegria, o início da construção de uma autêntica cultura da vida e da tão desejada civilização do Amor, que respeitará o ser humano em todos os momentos da sua existência terrena.

Vê-se que, tanto pelos dados de pesquisas americanas e francesas quanto pelos dados de pesquisa de opinião pública no Brasil, jamais seria justificável a descriminalização do aborto, nem por parte do futuro governo e Congresso Nacional, nem por parte do Supremo Tribunal Federal, com a pretensa alegação de que ele é uma questão de saúde pública ou é um direito à saúde sexual-reprodutiva da mulher.

Quem realmente é a favor da vida, a favor da presença da mulher na sociedade brasileira, a favor da família e, principalmente, a favor das crianças brasileiras, é pessoal e publicamente a favor do embrião, a favor do feto, mesmo que ele tenha sido concebido contra a vontade da mulher (estupro), ou fora do tempo esperado (gravidez indesejada), ou sem o padrão de perfeição desejado (malformações congênitas).


Breve Comentário sobre Dom Antonio Augusto Dias Duarte, 
por Rafael Enrique Macedo (REMAC-89):

Fonte: http://www.arquidiocese.org.br/media/domantonioaugustodias.jpg


          Dom Antônio nasceu em Santo André-SP no dia 07 de novembro de 1948, foi ordenado sacerdote no dia 15 de agosto de 1978 e nomeado Bispo Titular de Tuscamia e Auxiliar do Rio de Janeiro no dia 12 de janeiro de 2005 com ordenação episcopal em 12 de março de 2005. possui também graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) – SP (1970-1975), com especialização em Pediatria.
         
 Breve Comentário sobre o artigo de Dom Antonio Augusto Dias Duarte, 
por Rafael Enrique Macedo (REMAC-89):

          Para mim, que faço faculdade na área de saúde, é uma alegria poder ler este artigo, porque de uma maneira simples Dom Antôno consegue esclarecer ao público as verdadeiras consequências do aborto. Muitas vezes esse assunto entra nas rodas de conversas e me vejo incapaz de responder ou simplesmente de mostrar meu ponto de vista como algo importante e não simplesmente por motivos religiosos. Aqui encontro uma breve, porém suficiente, explicação com dados científicos das consequências que o aborto quando praticado, independente da situação, causa na mulher. Assim hoje posso dizer que tenho palavras científicas, que também são religiosas, pois tudo caminha pra perfeição e a verdade esclarece, para dizer nas rodas de conversas cotidianas. Obrigado Dom Antônio por nos escrever esse artigo!


Referências:

artigo retirado de: http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4630&sid=79

Comentario sobre Dom Antônio Augusto:
http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=146
http://www.arquidiocese.org.br/media/Domantonioaugusto.pdf

Sites acessados em 25/10/2010 ás 18:00