VOCE TEM O PODER DE MUDAR A CARA DO MUNDO!!!

...o Servo de Deus o Papa João Paulo II, de venerada memória, dizia, na sua passagem pelo Mato Grosso, que osjovens são os primeiros protagonistas do terceiro milênio [...] são vocês que vão traçar os rumos desta nova etapa da humanidade” (Discurso 16/10/1991). ... (homilia do Papa Bento XVI aos jovens no estádio do Pacaembu, 2007)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Aos universitários: “Necessitamos de uma nova classe de intelectuais capazes de interpretar a sociedade e oferecer soluções concretas”


Madrid, 17 de Dezembro de 2010.- Bento XVI presidiu ontem a uma cerimónia com os universitários dos Ateneos Romanos a quem recordou que “construir a própria existência, construir a sociedade, não é obra de corações distraídos e superficiais mas de um profundo discernimento que favoreça a formação intelectual, a disciplina moral e o compromisso religioso”.

“Nos nossos tempos percebe-se a necessidade de uma nova classe de intelectuais capazes de interpretar as dinâmicas sociais e culturais oferecendo soluções não abstractas, mas concretas e realistas. A Universidade é chamada a desenvolver este papel insubstituível e a Igreja faz-se sua defensora convicta e activa”.

“É muito importante a presença de estudantes universitários preparados e desejosos de comunicar aos seus próprios coetâneos a fecundidade da fé cristã não somente na Europa mas em todo o mundo. Por intercessão de Maria, que nos precede no nosso caminho até à Jornada Mundial da Juventude, nos reuniremos em Madrid. A ela, a Sede da Sabedoria, vos confio”.

Preparar o caminho do Natal

O Santo Padre não desaproveitou a ocasião para animar a todos a preparar-se para a próxima festa da Natal. “O caminho para a Gruta de Belém é um caminho que nos impele a sair de nós mesmos e ir a Deus que se tornou próximo de nós, e renova os nossos corações com o seu amor incondicional. Quer inspirar valor nas nossas vidas, especialmente quando nos sentimos cansados e fatigados, e temos que redescobrir a alegria dos que se sentem peregrinos, rumo à eternidade”.

“O Menino que encontraremos entre Maria e José, é o Logos-Amor, a Palavra que dá consistência à nossa vida. (…) É a partir dali que Deus nos anima a percorrer o caminho de investigação e elaboração cultural, e a partilhar com Ele a paciência de construir”.


Fonte: http://www.madrid11.com/pt/caminho/textos-do-santo-padre/426-papa-universitarios

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

República Dominicana: jovens respondem à chamada vocacional

Durante ato preparatório da JMJ do Caminho Neocatecumenal

SANTO DOMINGO, sexta-feira, 26 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - 347 jovens responderam a uma chamada vocacional lançada no último dia 14 de novembro em Santo Domingo. Os quase sete mil jovens estavam reunidos na capital do país em um dos encontros organizados pelo Caminho Neocatecumenal como preparação para a próxima Jornada Mundial da Juventude.

O arcebispo de Santo Domingo, cardeal Nicolás de Jesús López Rodríguez, e a equipe de catequistas do Caminho Neocatecumenal na República Dominicana guiaram o encontro.

O evento começou com a celebração das vésperas e uma catequese sobre o Livro do Apocalipse. Depois foi entronizada a Virgem de Altagraça e mais de quarenta sacerdotes – entre eles o responsável pelo Caminho Neocatecumenal, Pe. Alonso Gómez Fernández e Dom Nicolás – estiveram confessando os jovens.

Na mesma noite, os jovens participaram de vários grupos de adoração ao Santíssimo Sacramento e rezaram por suas necessidades, as do país e as da Igreja universal.

A Missa foi concelebrada pelo cardeal López Rodríguez; o núncio vaticano Jozef Wesolowsky; o bispo de Baní, Dom Freddy Bretón, e vinte e quatro sacerdotes

Durante a celebração, lançou-se um apelo vocacional à vida sacerdotal e religiosa ou consagrada.

O reitor do Seminário Arquidiocesano Missionário Redemptoris Mater de Santo Domingo, Pe. Salvador, animou os jovens a aceitar alegres o chamado a dedicar sua vida a Jesus Cristo através do sacerdócio.

Depois de um minuto de silêncio e meditação, convidou-se quem sentira esse chamado a dedicar-se à vida sacerdotal a levantar-se. 153 jovens foram ao altar. Neste momento, os bispos rezaram por eles e lhes impuseram as mãos.

Convidaram-se então as jovens que escutaram o chamado a subir ao altar. 194 mulheres responderam.

A assembléia aplaudiu e rezou para que os jovens perseverem e se convertam em servidores fiéis de Deus.


fonte:http://www.zenit.org/article-26652?l=portuguese

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Papa recebeu iniciadores do Caminho Neocatecumenal


Trataram sobre as iniciativas do Caminho para a nova evangelização da Europa
CIDADE DO VATICANO/MADRI, terça-feira, 15 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI recebeu nesse sábado em audiência privada os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote italiano Mario Pezzi.

Segundo confirmou a ZENIT Álvaro de Juana, porta-voz do Caminho Neocatecumenal na Espanha, um dos temas tratados foi o da nova evangelização da Europa, um assunto ao qual esta realidade eclesial sempre concedeu grande importância.

“O pontífice mostrou-se em todo momento muito contente pelo trabalho do Caminho Neocatecumenal”, afirmou De Juana.

Os iniciadores do Caminho explicaram ao Papa o trabalho que se realiza há alguns anos em cidades da Holanda, Alemanha e França – onde a presença da Igreja às vezes é escassa – mediante a missio ad gentes.

A missio ad gentes é uma forma de evangelização que consiste na implantatio ecclesiae, quer dizer, no envio de missionários voluntários (normalmente dois ou três famílias com seus filhos e acompanhadas por um sacerdote) a lugares descristianizados, onde a Igreja já desapareceu ou está a ponto de desaparecer.

A recém-publicada exortação apostólica Verbum Domini aludia à necessidade da missio ad gentes no número 95, em que os Padres sinodais reiteravam a importância de que a Igreja “não se limite a uma pastoral de manutenção”.

Outro tema tratado pelo Papa e os iniciadores do Caminho Neocatecumenal foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2011, em Madri.

De acordo com Argüello, mais de 200 mil jovens desta realidade eclesial provenientes de todo o mundo realizarão itinerários pela Europa, em espírito de evangelização e missão, por dez dias.

“Esses jovens são frutos da comunidade cristã e, em concreto, de pequenas comunidades enraizadas na paróquia e que salvam a família”, afirmou Kiko Argüello.

Por último, os representantes neocatecumenais informaram ao Papa sobre a construção de três novos seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, em São Paulo (Brasil), Bruxelas (Bélgica) e Trieste (Itália).

Esses seminários, dependentes de cada bispo local e abertos sob pedido seu, têm como vocação formar sacerdotes para a missão em qualquer lugar do mundo, segundo a espiritualidade do Caminho. Com esses três, são 78 no mundo.


fonte:http://www.zenit.org/article-26542?l=portuguese

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aborto e saúde pública?

Síndrome pós-aborto ou traumatismo pós-aborto
Dom Antonio Augusto Dias Duarte - Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
 Lema: “Omnia in bonum”


(Cf. “Le traumatisme post-avortement”. Florence Alland – Jean-Régis Fropo – Edizioni: Salvator – Paris – 2007)


Uma pesquisa feita na França sobre os danos físicos e psicológicos decorrentes do aborto provocado e que constituiu um serviço indispensável para a cultura da vida convém ser divulgada e analisada nesse momento histórico brasileiro. Considerou-se nela tanto mulheres que fizeram o aborto sem total conhecimento da ação realizada quanto aquelas que voluntária e conscientemente decidiram recorrer à interrupção da gravidez.

Um dado complementar a essa pesquisa francesa veio dos Estados Unidos (Califórnia), onde foram estudadas 173.000 mulheres que viveram a experiência do aborto, resulta muito significativo:

· nos dois anos seguintes à experiência do aborto, a taxa de mortalidade dessas mulheres, seja por causas duvidosas, seja por causas inespecíficas, é muito alta;

· nos oito anos seguintes ao aborto há um acréscimo de 44% nos sintomas físicos e psicológicos que caracterizam a síndrome pós-aborto.

· as mulheres que recorreram ao aborto têm um risco 63% mais elevado do que as demais de padecerem de distúrbios psiquiátricos.

· 80% das mulheres que recorrem a médicos no primeiro ano após o aborto o fazem movidas por sequelas psicológicas dessa decisão.

A pesquisa francesa mostra algumas características, dados e consequências do aborto na mulher:

→ Perfurações uterinas; lacerações do colo uterino; implante anormal da placenta; inflamações pélvicas e da mucosa uterina; aumento de câncer do colo uterino, do ovário, do fígado, das mamas e do pulmão; gravidezes extra-ulterinas; gravidezes com fetos malformados.

→ Sentimentos de impotência, de amargura, de tristeza, de medo, etc, e de perda do autocontrole emocional e vital.

Outro dado alarmente é o suicídio e aborto, e vem fornecido pelo governo da Finlândia (1997): 60% das mulheres que abortaram tiveram pensamentos suicidas; 28% tentaram o suicídio; 34,7% das 100 mil mulheres que abortaram no país se suicidaram; no primeiro ano pós-aborto a taxa de suicídio triplicou-se em relação a outras mulheres e foi sete vezes maior do que aquelas que levaram a gravidez a termo.

A relação entre aborto e divórcio é outro aspecto que também apresenta dados significativos. Casais franceses não unidos em matrimônio se separaram em torno de 60% - 70% após viverem uma experiência abortiva no relacionamento, enquanto que os unidos em matrimônio sofreram momentos de ruptura da relação porque a mulher culpava o marido pelo seu estado psicológico doentio. Trata-se aqui também de prevenção da saúde da família e dos relacionamentos humanos e sociais.

Com relação a complicações psicológicas pós-aborto, um estudo sociológico feito nos Estados Unidos relatou que a presença desses efeitos deve-se ao fato de que 25% das mulheres sabiam que o embrião era uma pessoa ou que era uma vida humana, 25% tinham dúvida que fosse uma vida, 35% tinham ideias confusas e 15% afirmavam que o feto não era um ser humano. Nota-se aqui a alta porcentagem de mulheres que decidiram pelo aborto em momentos de falta de apoio e de acompanhamento humano nas horas incertas.

As complicações psicológicas estão presentes não só em mulheres com formação religiosa cristã-judaica, mas também em mulheres que vivem em culturas religiosas islâmicas, budistas, etc., o que confirma a tese de que a oposição ao aborto não é gerada apenas por razões católicas, mas também para defender a dignidade da mulher, seja qual for a sua formação.

Há ainda a verificação fáctica de que quando uma mulher que abortou engravida novamente, ela tem plena consciência de que este seu novo filho nunca substituirá o anteriormente rejeitado e morto e que as perdas psicológicas decorrentes do aborto não ficam supridas pela atual maternidade vivenciada.

Infelizmente, o século XX vai ficar na história como o período que mudou o conceito de aborto ao passar da noção de crime ao conceito de “direito da mulher”, do ordenamento jurídico protetor da cultura da vida humana para o conceito de lei protetora da cultura da morte, da definição de gravidez como sinal de saúde física para o conceito de gravidez indesejada, da aplicação de medidas terapêuticas visando à saúde para o conceito de “procedimentos terapêuticos” visando à morte (“aborto terapêutico”).

O século XXI iniciou-se ainda com essa inércia da cultura da morte promovida por governos ditos democráticos e por organismos não-governamentais financiados por instituições e fundações que se infiltraram na ONU, nos congressos e parlamentos nacionais.

Entretanto, a resposta do povo brasileiro nessa primeira década do Terceiro Milênio, demonstrada pelo alto índice de rejeição (80%) do aborto em qualquer período da gravidez e feito de qualquer forma, seja cirúrgica, seja química (pílula do dia seguinte), permite visualizar, com esperança e alegria, o início da construção de uma autêntica cultura da vida e da tão desejada civilização do Amor, que respeitará o ser humano em todos os momentos da sua existência terrena.

Vê-se que, tanto pelos dados de pesquisas americanas e francesas quanto pelos dados de pesquisa de opinião pública no Brasil, jamais seria justificável a descriminalização do aborto, nem por parte do futuro governo e Congresso Nacional, nem por parte do Supremo Tribunal Federal, com a pretensa alegação de que ele é uma questão de saúde pública ou é um direito à saúde sexual-reprodutiva da mulher.

Quem realmente é a favor da vida, a favor da presença da mulher na sociedade brasileira, a favor da família e, principalmente, a favor das crianças brasileiras, é pessoal e publicamente a favor do embrião, a favor do feto, mesmo que ele tenha sido concebido contra a vontade da mulher (estupro), ou fora do tempo esperado (gravidez indesejada), ou sem o padrão de perfeição desejado (malformações congênitas).


Breve Comentário sobre Dom Antonio Augusto Dias Duarte, 
por Rafael Enrique Macedo (REMAC-89):

Fonte: http://www.arquidiocese.org.br/media/domantonioaugustodias.jpg


          Dom Antônio nasceu em Santo André-SP no dia 07 de novembro de 1948, foi ordenado sacerdote no dia 15 de agosto de 1978 e nomeado Bispo Titular de Tuscamia e Auxiliar do Rio de Janeiro no dia 12 de janeiro de 2005 com ordenação episcopal em 12 de março de 2005. possui também graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) – SP (1970-1975), com especialização em Pediatria.
         
 Breve Comentário sobre o artigo de Dom Antonio Augusto Dias Duarte, 
por Rafael Enrique Macedo (REMAC-89):

          Para mim, que faço faculdade na área de saúde, é uma alegria poder ler este artigo, porque de uma maneira simples Dom Antôno consegue esclarecer ao público as verdadeiras consequências do aborto. Muitas vezes esse assunto entra nas rodas de conversas e me vejo incapaz de responder ou simplesmente de mostrar meu ponto de vista como algo importante e não simplesmente por motivos religiosos. Aqui encontro uma breve, porém suficiente, explicação com dados científicos das consequências que o aborto quando praticado, independente da situação, causa na mulher. Assim hoje posso dizer que tenho palavras científicas, que também são religiosas, pois tudo caminha pra perfeição e a verdade esclarece, para dizer nas rodas de conversas cotidianas. Obrigado Dom Antônio por nos escrever esse artigo!


Referências:

artigo retirado de: http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4630&sid=79

Comentario sobre Dom Antônio Augusto:
http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=146
http://www.arquidiocese.org.br/media/Domantonioaugusto.pdf

Sites acessados em 25/10/2010 ás 18:00

domingo, 19 de setembro de 2010

Bento XVI aos jovens: todo dia há que optar pelo amor

Convida-os à oração e ao silêncio para descobrir o “verdadeiro eu”

LONDRES, sábado, 18 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – Para se descobrir o verdadeiro eu e encontrar Deus são necessários o silêncio e a oração, afirmou neste sábado o Papa Bento XVI aos jovens que o esperavam nos arredores da catedral de Westminster.

Milhares de jovens ingleses seguiram, através de telões, a Missa celebrada pelo Papa na catedral de Westminster. Ao término da celebração, Bento XVI saiu ao átrio para dali saudá-los e dirigir-lhes em breve discurso.

Recordando o lema desta viagem – “O coração fala ao coração” –, o Papa pediu que jovens “olhem no interior de seu próprio coração”, que pensem “em todo amor que seu coração é capaz de receber, e em todo amor que é capaz de oferecer”.

“Fomos criados para receber o amor, e assim tem sido”, afirmou o Papa. Ele convidou os jovens a “agradecer a Deus pelo amor que já conhecemos, o amor que nos fez quem somos, o amor que nos mostra o que é verdadeiramente importante na vida”.

“Precisamos dar graças ao Senhor pelo amor que recebemos de nossas famílias, nossos amigos, nossos professores e todas as pessoas que em nossas vidas nos ajudaram a nos dar conta do quão valiosos somos a seus olhos e aos olhos de Deus”.

O homem também foi criado para amar – prosseguiu o Papa. “Às vezes, isso parece o mais natural, especialmente quando sentimos a alegria do amor, quando nossos corações transbordam de generosidade, idealismo, desejo de ajudar os demais e construir um mundo melhor”.

“Mas outras vezes constatamos que é difícil amar; nosso coração pode-se endurecer facilmente pelo egoísmo, a inveja e o orgulho”.

O amor – prosseguiu – “é o fruto de uma decisão diária. Cada dia temos de optar por amar, e isso requer ajuda”. Por isso, convidou os jovens a dedicarem tempo a Jesus na oração.

“A verdadeira oração requer disciplina; requer buscar momentos de silêncio todo dia. Muitas vezes significa esperar que o Senhor fale”.

“Inclusive em meio ao cansaço e às pressões de nossa vida cotidiana, precisamos de espaços de silêncio, porque no silêncio encontramos Deus, e no silêncio descobrimos nosso verdadeiro ser”, acrescentou o Papa.

Quando isso sucede – concluiu –, “ao descobrir nosso verdadeiro eu, descobrimos a vocação particular à qual Deus nos chama para a edificação de sua Igreja e a redenção de nosso mundo”.


FONTE:http://www.zenit.org/article-26061?l=portuguese

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jovens, a Igreja agora pertence a vós”, afirma Papa

Adverte contra o que não é importante na vida

GLASGOW, quinta-feira, 16 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - Bento XVI alertou os jovens contra o que é inútil na vida, recomendando-lhes que sejam conscientes da sua dignidade como filhos de Deus e vivam em coerência com isso.

O Papa fez este convite sincero aos jovens de hoje enquanto celebrava uma Missa ao ar livre, em uma tarde escocesa ensolarada, no Bellahouston Park, a aproximadamente 5 km do centro de Glasgow.

Multidões balançando bandeiras do Vaticano deram as boas-vindas ao Papa em Edimburgo, e ele fez o papamóvel parar para beijar uma pequena menina. Houve um momento de recolhimento silencioso da multidão, antes de começar a Missa.

O Pontífice chegou hoje à Escócia, começando assim uma viagem de 4 dias ao Reino Unido, que incluirá um discurso a representantes da sociedade britânica e a beatificação do cardeal John Henry Newman.

A homilia do Santo Padre se referiu a temas que vão do ecumenismo e da evangelização da cultura à necessidade de orar pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Este foi o último tema que fez parte da sua saudação particular aos jovens, com a qual encerrou a homilia.

"Convido-vos a levar uma vida digna do nosso Senhor e de vós mesmos", disse aos "queridos jovens católicos da Escócia".

Brilhantes, mas vazios

Bento XVI reconheceu as "muitas tentações que deveis enfrentar cada dia - drogas, dinheiro, sexo, pornografia, álcool - e que o mundo vos diz que vos darão felicidade, quando, na verdade, estas coisas são destrutivas e criam divisão".

"Só uma coisa permanece: o amor pessoal de Jesus por cada um de vós. Buscai-o, conhecei-o e amai-o, e Ele vos libertará da escravidão da existência deslumbrante, mas superficial, que a sociedade atual propõe frequentemente."

"Deixai de lado tudo o que é indigno e descobri vossa própria dignidade como filhos de Deus."

O Pontífice acrescentou que o Evangelho da Missa de hoje, marcada pela festa de São Ninian, apóstolo da Escócia, inclui a exortação de Jesus a orar pelas vocações.

"Elevo minha súplica para que muitos de vós conheçais e ameis Jesus e, por meio deste encontro, vos dediqueis por completo a Deus, especialmente aqueles dentre vós que fostes chamados ao sacerdócio ou à vida religiosa", disse o Santo Padre aos jovens.

"Este é o desafio que o Senhor vos dirige hoje: a Igreja agora pertence a vós!"

Exemplos luminosos

Anteriormente, o Papa se dirigiu de forma particular aos bispos e sacerdotes, animando-os também a rezar pelas vocações.

Pediu aos bispos que dessem prioridade aos sacerdotes e à sua santificação.

"Vivei em plenitude a caridade que brota de Cristo, colaborando com todos eles, em particular com os que têm escasso contato com seus irmãos no sacerdócio - instou. Rezai com eles pelas vocações, para que o Senhor da messe envie trabalhadores à sua vinha."

O Papa também convidou os bispos a se comprometerem pessoalmente na formação dos sacerdotes e também dos diáconos.

"Sede pais e exemplo de santidade para eles, animando-os a crescer em conhecimento e sabedoria no exercício da missão de pregar, à qual foram chamados", afirmou.

Falando aos sacerdotes, recordou-lhes seu chamado à santidade e a modelar suas vidas segundo a cruz de Cristo.

"Pregai o Evangelho com um coração puro e com reta consciência - convidou. Dedicai-vos somente a Deus e sereis exemplo luminoso de santidade, de vida simples e alegre para os jovens; eles, por sua vez, desejarão certamente unir-se a vós em vosso solícito serviço ao povo de Deus."


Fonte:http://www.zenit.org/article-26042?l=portuguese

sábado, 11 de setembro de 2010

A amizade com Jesus, chave para a realização pessoal

O Papa recorda a mensagem para a JMJ e motiva os jovens a participar na JMJ de Madrid


Madrid, 6 de Setembro de 2010.- O Santo Padre voltou a recordar a essência da mensagem que escreveu há um mês para preparar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que se celebrará em Agosto de 2011 em Madrid.

No tradicional discurso após a recitação do Angelus em 5 de Setembro, o Papa fez uma síntese da mensagem para a JMJ de Madrid, da qual sublinhou que a "amizade verdadeira com Jesus pode dar a um jovem o que ele precisa para conseguir enfrentar a vida, a serenidade e a luz interior, a grandeza de coração para com os outros, a disponibilidade para se entregar pessoalmente pelo bem, pela justiça e pela verdade".

"Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé", tema da JMJ de Madrid, permitiu ao Papa esmiuçar as principais ideias desta frase escrita por São Paulo na sua Epístola aos Colossenses. "O coração desta mensagem está nas expressões "em Cristo" e "fé". A maturidade de uma pessoa tem as suas raízes na relação com Deus, uma relação que exige um encontro com Jesus Cristo", sublinhou.

Solidez e estabilidade são evocados na citação de Paulo: "É definitivamente uma proposta contra a corrente. Quem oferece actualmente aos jovens estarem "enraizados" e "equilibrados"? Em vez disso, ele destaca a incerteza, mobilidade, a volatilidade... o que reflecte uma cultura de indecisão sobre os valores e princípios fundamentais pelos quais orientar e regular a sua vida."

Bento XVI insiste sobre o aspecto pessoal - "o encontro com Jesus Cristo" - e comunitário de uma vida próxima de Deus: "O cristão descobre na Igreja a beleza da fé partilhada e anunciada aos outros na prática da fraternidade e da caridade".

Finalmente demonstrou o seu desejo de que "muitos jovens possam encontrar-se na capital de Espanha, para acolherem em seus corações a Cristo".



fonte:http://pt.madrid11.com/JMJ2011PT/REVISTA/articulos/GestionNoticias_401_ESP.asp

Congresso Latino-Americano de Jovens na Venezuela

LOS TEQUES, quinta-feira, 9 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – 550 jovens da América Latina e do Caribe participam no III Congresso Latino-Americano de Jovens (3CLAJ), promovido pela Seção de Juventude do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e o Departamento Nacional de Pastoral Juvenil e Universitária da Conferência Episcopal da Venezuela. O evento propõe revitalizar as propostas de evangelização da juventude.

O congresso acontece de 5 a 11 de setembro, em Los Teques, Venezuela, sob o lema “Caminhemos com Jesus para dar vida a nossos povos”.

Na celebração na catedral de Los Teques, o bispo local, Dom Freddy Fuenmayor, convidou os jovens a renovarem e enraizarem o impulso missionário em sua ação pastoral.

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem em vídeo, em espanhol, aos participantes do congresso, em que exortou ao encontro pessoal com o Senhor e a escutar sua Palavra.

“A todos os presentes nessa significativa iniciativa – acrescentou –, eu convido a colocar os olhos em Jesus Cristo, Filho de Deus vivo. Com sua graça, encontrarão a força que impulsiona a se comprometer com as causas que dignificam o homem e engrandecem os povos”.


Fonte:http://www.zenit.org/article-25976?l=portuguese

Estabelecer pontes de contato com novos grupos de cristãos, convida Papa

LOS TEQUES, quinta-feira, 9 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – 550 jovens da América Latina e do Caribe participam no III Congresso Latino-Americano de Jovens (3CLAJ), promovido pela Seção de Juventude do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e o Departamento Nacional de Pastoral Juvenil e Universitária da Conferência Episcopal da Venezuela. O evento propõe revitalizar as propostas de evangelização da juventude.

O congresso acontece de 5 a 11 de setembro, em Los Teques, Venezuela, sob o lema “Caminhemos com Jesus para dar vida a nossos povos”.

Na celebração na catedral de Los Teques, o bispo local, Dom Freddy Fuenmayor, convidou os jovens a renovarem e enraizarem o impulso missionário em sua ação pastoral.

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem em vídeo, em espanhol, aos participantes do congresso, em que exortou ao encontro pessoal com o Senhor e a escutar sua Palavra.

“A todos os presentes nessa significativa iniciativa – acrescentou –, eu convido a colocar os olhos em Jesus Cristo, Filho de Deus vivo. Com sua graça, encontrarão a força que impulsiona a se comprometer com as causas que dignificam o homem e engrandecem os povos”.


Fonte:http://www.zenit.org/article-25984?l=portuguese

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Por que ser Sarcedote?



"Se sentes um sopro do céu, um vento que move as portas, escuta: é uma voz que te chama, é um convite a ir para longe. É um fogo que nasce em quem sabe esperar, em quem sabe nutrir, esperanças de amor."

Bento XVI convida os jovens a buscarem suas próprias raízes

O relativismo não dá liberdade, mas instabilidade, afirma

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 3 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - A guerra e as dificuldades, as próprias dúvidas e o encontro com Jesus são algumas das vivências pessoais que o Papa Bento XVI revive na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (Madri, 2011), divulgada hoje pela Santa Sé.

Nela, o Papa percorre os anos da sua vocação e propõe sua própria experiência aos jovens, pois as aspirações de um jovem "são as mesmas em todas as épocas" e podem ser resumidas no "desejo de uma vida maior", que não acabe em "mediocridade".

Os jovens, "como em toda época, também em nossos dias", sentem o "profundo desejo de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade".

"Muitos manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, de fundar uma família unida, de adquirir uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz."

No entanto - afirma o Papa, recordando sua própria juventude -, "vejo que, na verdade, a estabilidade e a segurança não são as questões que mais ocupam a mente dos jovens".

"Sim, a questão do lugar de trabalho - e, com isso, a de ter o porvir garantido - é um problema grande e urgente, mas ao mesmo tempo a juventude continua sendo a idade na qual se busca uma vida maior."

O Papa recorda sua juventude, que transcorreu entre a 2ª Guerra Mundial e o imediato período pós-guerra.

"Ao pensar nos meus anos de então, simplesmente, não queríamos perder-nos na mediocridade da vida aburguesada. Queríamos o que era grande, novo. Queríamos encontrar a vida em si, em sua imensidade e beleza."

Certamente, reconhece, "isso dependia também da nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e a guerra, estivemos, por assim dizer, ‘presos' pelo poder dominante. Por isso, queríamos sair, para entrar na abundância das possibilidades de ser homem".

Contudo, afirma, "este impulso de ir além do habitual está em cada geração. Desejar algo mais que a cotidianidade regular de um emprego seguro e sentir o desejo do que é realmente grande faz parte do ser jovem".

"Será que se trata somente de um sonho vazio, que se desvanece quando a pessoa se torna adulta? - pergunta-se. Não. O homem, na verdade, foi criado para o que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente."

Citando um dos seus pensadores favoritos, afirma: "Santo Agostinho tinha razão: nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Deus. O desejo da vida maior é um sinal de que Ele nos criou, de que carregamos o seu selo".

Dúvidas

A juventude, reconhece o Papa em sua mensagem, é também "uma fase fundamental que pode turbar o ânimo, às vezes durante muito tempo. Pensamos em qual será nosso emprego, como serão as relações sociais, que afetos é preciso desenvolver...".

Bento XVI volta novamente aos seus anos juvenis e compartilha com os jovens suas próprias vacilações e dúvidas.

"De certa forma, em pouco tempo tomei consciência de que o Senhor me queria como sacerdote. Mas depois da guerra, quando eu me dirigia a esta meta no seminário e na universidade, tive de reconquistar esta certeza", explica.

"Eu tive de me fazer esta pergunta: realmente é este o meu caminho? É verdadeiramente a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de permanecer fiel e estar totalmente à disposição d'Ele, ao seu serviço?"

A decisão do sacerdócio não foi fácil: "Uma decisão assim também causa sofrimento. Não pode ser de outra forma. Mas depois tive a certeza: assim está bem! Sim, o Senhor me quer, e por isso me dará também a força. Escutando-O, estando com Ele, chego a ser eu mesmo. Não importa a realização dos meus próprios desejos, mas a sua vontade. Assim, a vida se torna autêntica".

Encontro com Jesus

Outro dos "tesouros" da sua juventude que o Papa quis compartilhar foi o dom do encontro pessoal com Jesus, uma "pérola preciosa" que, de alguma forma, ele quis transmitir com seus livros sobre Jesus de Nazaré - cujo segundo volume será publicado na próxima Semana Santa.

"Para muitos, é difícil o acesso a Jesus. Muitas das imagens que circulam de Jesus - e que se fazem passar por científicas - diminuem sua grandeza e a singularidade da sua pessoa", afirma o Papa.

Por isso, "ao longo dos meus anos de estudo e meditação, fui amadurecendo a ideia de transmitir em um livro algo do meu encontro pessoal com Jesus, para ajudar de alguma forma a ver, ouvir e tocar o Senhor, em quem Deus veio ao nosso encontro para dar-se a conhecer", acrescenta.

"O encontro com o Filho de Deus proporciona um dinamismo novo a toda a existência. Quando começamos a ter uma relação pessoal com Ele, Cristo nos revela nossa identidade e, com sua amizade, a vida cresce e se realiza em plenitude", afirma o Papa aos jovens.

"Queridos jovens, aprendei a ‘ver', a ‘encontrar' Jesus na Eucaristia, na qual Ele está presente e perto até entregar-se como alimento para o nosso caminho; no sacramento da Penitência, no qual o Senhor manifesta sua misericórdia, oferecendo-nos sempre seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres e doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de ajuda", conclui.


Fonte:http://www.zenit.org/article-25926?l=portuguese

A proposta “contra a corrente” do Papa: jovens enraizados e edificados

Bento XVI explica sua Mensagem para a JMJ durante a oração do Angelus


CASTEL GANDOLFO, domingo, 5 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – A Mensagem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que se celebrará em Madri em agosto de 2011 é “decididamente uma proposta contra a corrente”, destacou o Papa neste domingo, durante a oração do Angelus em Castel Gandolfo, depois de sua visita apostólica a Carpineto Romano.

“Quem, de fato, propõe hoje aos jovens estar ‘enraizados e edificados?’”, perguntou, e ressaltou que “o que mais se exalta é a incerteza, a inconstância, a volatilidade... aspectos que refletem uma cultura indecisa no que se refere aos valores fundamentais, aos princípios em base aos quais orientar e regular a própria vida”.

Perante centenas de peregrinos em Castel Gandolfo, Bento XVI destacou que, para ajudar no percurso de descoberta do sentido da vida que toda pessoa está chamada a fazer, ele quis evocar as imagens da árvore e da casa.

“O jovem, de fato, é como uma árvore em crescimento: para se desenvolver bem, precisa de raízes profundas, que, no caso de tempestades de vento, tenham-no bem plantado no solo”, disse.

“Assim também a imagem do edifício em construção recorda a exigência de fundamentos válidos, para que a casa seja sólida e segura.”

O pontífice quis explicar brevemente a Mensagem que dirigiu aos jovens para a próxima JMJ, que tem como tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf. Col 2,7).

Indicou que o coração da Mensagem encontra-se nas expressões “em Cristo” e “na fé”, e que “a plena maturidade da pessoa e sua estabilidade interior baseiam-se na relação com Deus, relação que passa através do encontro com Jesus Cristo”.

“Uma relação de profunda confiança, de autêntica amizade com Jesus pode dar a um jovem o que ele necessita para enfrentar bem a vida: serenidade e luz interior, capacidade para pensar de maneira positiva, grande ânimo para os demais, disponibilidade para pagar pessoalmente pelo bem, a justiça e a verdade”, disse.

Também destacou um aspecto “muito importante”: “para se converter em crente, o jovem nutre-se da fé da Igreja”.

“Se nenhum homem é uma ilha, tanto menos o é o cristão, que descobre na Igreja a beleza da fé partilhada e testemunhada junto aos demais na fraternidade e no serviço da caridade”, disse.

O bispo de Roma confessou que pede a Deus que “muitos jovens possam se encontrar na capital da Espanha para acolher em seus corações a Cristo, que nos chama a confiar n’Ele e a amar cada vez mais a Igreja”.


Fonte:http://www.zenit.org/article-25935?l=portuguese

terça-feira, 17 de agosto de 2010

VIGILIA DOS JOVENS : "QUE TODOS SEJAM UM"

Nesse último fim de semana os jovens do Rio de janeiro tiveram uma experiencia maravilhosa em suas vidas. Jovens de varios carismas de nossa Igreja estiveram reunidos na Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro para uma noite de louvor a Cristo. O evento teve início com a Santa Missa presidida por Dom Antônio Augusto, Bispo Animador da juventude na Arquidiocese do Rio de Janeiro, logo em seguida foi dado início a uma procissão luminosa pelas ruas da Lapa, que é internacionalmente conhecida por ser o típico lugar de boemios e é referencia no Rio quando o assunto é diversão.

Ao andar pelas ruas em oração, os jovens em quanto andavam rezavam o terço, muitos jovens que foram pegos de surpresa se mostraram espantados por verem aquela multidão de jovens em plena madrugada em oração pelas ruas e na Lapa. Há que disse: "Isso la é hora de fazer prossição?", porém o que mais tocou os jovens seja aqueles que estavam em procissão ou os que assistiam ela nos bares e nas ruas é que A JUVENTUDE CRISTÃ CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA está VIVA.

Acredito eu que para muitos jovens que se encontravam desanimados, naquele momento, sem dúvida puderam sentir no seu coração a chama do Espírito Santo em seus corações e voltar a colocar em Jesus Cristo a sua experança.

Ao voltar da procissão escutamos as palavras de nosso arcebispo Dom Orani e também de Dom Scherer, Arcebispo São Paulo, que não escondeu sua alegria ao ver os jovens ali em plena madrugada buscando o Senhor.

Após a benção e despedia de D. Orani e D. Odilo, iniciamos a noite de Adoração ao Santíssimo Sacramento. Cada hora de adoração era conduzida por um grupo diferente seguido de um testemunho.
Ás quase seis horas da manhã demos incio as laudes, rezada solenemente com os Cantos e Salmos o dia.
E pensa que acaba por ai.. não .. após as laudes os jovens foram em procissão da Catedral a Candelária onde lá foi dado um abraço simbólico em torno da Igreja da Candelária, pedindo Paz. Essa Paz que vem do Deus, assim os jovens encerraram a Vigilia e isso já era oito horas da manhã de Domingo.


Esse foi a descrição resumida do encontro. Espero que quem aqui lê-la, não perca de vista a Luz que vem de Deus e mantenha seus olhos Nele. E nao perca os proximos eventos!

Abraço!

domingo, 8 de agosto de 2010

Catequese 1: Deus fez-nos capazes de viver com Ele

Uma pergunta, uma intuição abre um caminho


SÍNTESE DA CATEQUESE:

1. "Pensar no infinito": a abertura ao infinito está inscrita na experiência que o homem faz da vida. A vida e a realidade "abrem" permanentemente o horizonte do homem.
2. A vida é este desejo do infinito (chamamos-lhe "pergunta religiosa"): por isso a Tradição da Igreja fala do homem - de todo o homem - como capax Dei.
3. O desejo do infinito, que constitui o coração do homem, coloca-o a caminho. As religiões e a inevitável tentação da idolatria dizem com claridade que é inevitável buscar uma resposta à pergunta religiosa.
4. O desejo do infinito, quando amadurece, converte-se em súplica ao mesmo infinito para que se manifeste: não somos capazes de satisfazer a nossa sede por nós mesmos, por isso suplicamo-lo
5. Neste caminho de desejo e súplica, o cristão é companheiro de todos os homens.


TEXTO:

1 "Pensar no infinito"

«Nunca encontrastes na vossa vida uma mulher que vos tenha enfeitiçado durante um momento e que depois tenha desaparecido? Estas mulheres são como estrelas que passam rápidas nas noites sossegadas de verão. Já encontrastes, alguma vez, na praia, numa estação, numa loja, num comboio, uma dessas mulheres cuja vista é como uma revelação, como um florescimento repentino e potente que surge desde o fundo da vossa alma (.) E será somente um minuto; essa mulher desaparecerá, cairá na vossa alma como um ténue rasgo de luz e bondade; sentireis uma indefinível angústia quando a virdes afastar-se para sempre (.) Eu senti muitas vezes estas tristezas indefiníveis; era jovem, nos verões, ia frequentemente à capital da província e me sentava na praia. Eu via, então, algumas dessas mulheres misteriosas que, como o mar azul que se alargava à minha vista, me fazia pensar no Infinito»

O género literário de Azorín expressa muito eficazmente uma experiência elementar que todo o homem vive. Há circunstâncias que abrem de par em par o coração. Abrem-no no sentido de que fazem presente o seu verdadeiro horizonte, a sua "capacidade do infinito". Há circunstâncias que nos permitem descobrir quem somos, que rompem todas as imagens reduzidas do nosso ser homens, que nos dizem que nada nos basta. São circunstâncias ou experiências que descrevem a verdadeira natureza e estatura da vida, do nosso ser homens. São circunstâncias que, antes de tudo, não dizem "o que nos falta", mas tornam presente a intuição do eterno para o qual somos feitos. Uma pessoa "pensa no infinito" porque a realidade que tem diante de si se abre de par em par, lhe diz que há algo mais e que deve durar para sempre.

Sem dúvida, amar é uma destas experiências. Todo o homem vive a experiência do amor, na sua família, com os seus amigos, encontrando a mulher com que compartirá a sua vida, na virgindade. No rosto da mulher que começamos a amar - o enamoramento é o início de um caminho! - se concentra o nosso desejo de infinito, a intuição de que estamos feitos para o eterno. E também a tristeza ou a angústia que podemos sentir perante a ideia de perder a pessoa que amamos é sinal desta abertura ao infinito.

É uma abertura que pode ser descrita como desejo e como nostalgia, e que nasce das experiências mais verdadeiras da nossa vida: no amor, mas também na percepção da beleza, na paixão pela própria liberdade, na revolta ante a injustiça, no mistério do sofrimento e da dor, na humilhação do mal que alguém faz, na busca apaixonada da verdade, no gozo do bem.

Na experiência que faz da sua própria vida, o homem percebe a presença do infinito. Esse mesmo infinito que se anuncia no mundo. Na imensidade e na beleza esmagadora da criação: desde as montanhas e oceanos até à cadeia genética do ADN! «O mundo e o homem atestam que não têm neles mesmos nem o seu primeiro princípio nem o seu fim último, mas participam d' Aquele que é o Ser em si, sem origem e sem fim».

2. A vida é este desejo

Todos os homens, independentemente da idade, raça ou cultura, experimentam este desejo/intuição do infinito que coincide com a verdade mais "evidente" da vida. Não podemos negá-lo, somos este desejo, o nosso ser mais autêntico é "pensar no infinito"

Este desejo coincide com a vida. Não é algo que surge no coração na primavera ou quando se encontra particularmente melancólico! É simplesmente "a vida".

Por isto, desejar o infinito é desejar a plenitude da vida: não de uma dimensão da vida mas sim da vida com todas as suas letras. Porque este desejo é o fio conduto que dá unidade a cada instante, a cada situação, a cada circunstância da nossa vida. É a cadeia que permite intuir a unidade que existe entre o amor dos teus pais e o teu desejo de construir, entre a raiva perante a injustiça e a compaixão perante a dor, entre o amar e o ser amado e a chamada a ser fecundo. Sem a unidade que engendra este desejo que atravessa cada célula do teu ser, a vida seria uma simples manta de retalhos de feitos e sucessos, uma acumulação de experiências, de tentativas e erros, incapazes de edificar a tua pessoa.

Na linguagem comum, a esta busca do infinito chama-se "pergunta religiosa". Quando se fala de "religião" fala-se precisamente disto: da busca do infinito por parte de todos os homens.

Todo o homem, pelo mero facto de viver, percebe em si este desejo, esta pergunta religiosa - seja ou não seja capaz de expressá-lo - porque a pergunta religiosa é a pergunta sobre a vida e o seu significado. Por isto, todo o homem, independentemente da resposta que dê a esta pergunta, é "religioso". Não pode deixar de sê-lo, não pode arrancar-se do coração o "pensamento do infinito".

A tradição cristã descreveu esta realidade falando do homem como capax Dei: o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, é capaz de Deus, deseja-o e pode encontrá-lo. «A santa Igreja, nossa mãe, mantém e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza mediante a luz natural da razão humana a partir das coisas criadas (Vaticano I: DS 3004; cf. 3026; Vaticano II, DV 6). Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado "à imagem de Deus" (cf. Gn 1,26)»

O salmista expressou-o com grande beleza usando a imagem da sede: "Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por ti! A minha alma tem sede de ti; todo o meu ser anseia por ti,
como terra árida, exausta e sem água." (Sl 62)

3. O caminho

Uma pergunta, uma intuição abre um caminho. O homem, que pensa no infinito, põe-se em marcha. A intuição do infinito é o motor da vida, a razão pela qual o homem ama e trabalha.

Começa para o homem a apaixonante aventura de buscar o infinito, de conhecer o seu rosto. Trata-se de uma aventura na qual estamos todos implicados. Não é algo reservado a temperamentos particularmente "religiosos".

É possível reconhecer o caminho do homem na busca do rosto do infinito em dois factos que estão ao alcance de todos.
O primeiro é a constatação da existência das religiões. Hoje, mais do que no passado, somos testemunhas da pluralidade de experiências religiosas que os homens vivem. Quando tudo parecia anunciar uma sociedade sem Deus, movimentos e seitas religiosas, de índole muito variada, invadiram o Ocidente e começam a compartir o cenário social junto às religiões estabelecidas. São expressões concretas, históricas da busca do infinito e, neste sentido, ajudam a razão e a liberdade do homem a não se fecharem no seu horizonte próprio, a não se reduzir ao espaço opressivo do finito. Assim ensina o Concílio Vaticano II: Os homens esperam das diversas religiões resposta para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, profundamente preocupam seus corações: que é o homem? Qual o sentido e finalidade da vida? Que é o pecado? Donde provém o sofrimento, e para que serve? Qual o caminho para alcançar a felicidade verdadeira? Que é a morte, o juízo e a retribuição depois da morte? Finalmente, que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual vimos e para onde vamos?

Conviver com pessoas de outras religiões é a ocasião para reconhecer a identidade do desejo e das perguntas que constituem o seu coração e também o nosso. O que poderia parecer à primeira vista como uma dificuldade, pois a multiplicidade de respostas pode gerar confusão, também é uma ocasião privilegiada para reconhecer a unidade entre todos os homens. As respostas que se oferecem são muitas, é verdade, mas a pergunta é só uma.

Em segundo lugar, podemos reconhecer a nossa busca do infinito numa experiência que todos fizemos: a identificação do infinito com algo concreto. Pode ser a namorada, a carreira profissional, o êxito económico, a paixão pelo poder. Quantas vezes identificámos o infinito que intuímos com algo particular! Qual foi o resultado? A desilusão. Na nossa busca do infinito chegámos a uma momento no qual nos detivemos e acreditámos poder identificá-lo com algo à nossa medida.

Chama-se "idolatria" e é uma tentação que vive cada homem na primeira pessoa. Em vez de reconhecer que a mulher suscitou em nós o pensamento do infinito, é sinal do infinito, esperamos dela que cumpra com plenitude o desejo que suscitou. Quando o sinal deixa de ser reconhecido como tal e se confunde com a plenitude a que remete, então se converte num ídolo. Mas os ídolos, sabemos por experiência, defraudam-nos.

O salmista identificou com grande precisão a tragédia da idolatria. É a tragédia de uma promessa incumprida. Parece que podem responder e, contudo, são incapazes de todo: «Os ídolos dos pagãos são ouro e prata, obra das mãos dos homens: têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem, e nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam, e pés, mas não andam, nem da sua garganta emitem qualquer som. Sejam como eles os que os fabricam e todos os que neles confiam.» (Sl 113)

«Obra das mãos dos homens»: com poucas palavras o salmista identifica a raiz da incapacidade dos ídolos para responder ao nosso desejo do infinito. Um ídolo é fruto das minhas mãos; tem, por assim dizer, as minhas mesmas dimensões: é finito. Por isto não poderá nunca responder adequadamente ao desejo que constitui a minha vida.

A multiplicidade de respostas - as religiões - à única questão e a incapacidade dos ídolos, na hora de cumprir o desejo do infinito, põem manifestamente, de maneira todavia mais urgente, a "exigência" de uma resposta definitiva. Um homem que viva seriamente a sua própria vida, que não censure a intuição do infinito que descreve quem é, não se pode dar por vencido.

4. Ao nosso encontro

Se dar-se por vencido é abandonar a aventura da vida, o que fazer? Como pode o homem perseverar no caminho do desejo? Como pode não se deter em respostas insuficientes?

Não é possível pensar que a imagem da nossa vida seja o mito de Sísifo, condenado a começar sempre de novo a tarefa sem encontrar jamais cumprimento nem descanso.

A vida é este desejo e, contudo, todas as nossas tentativas para satisfazê-lo parecem vãs. As nossas tentativas, não a possibilidade do cumprimento.

De facto, o nosso desejo seria vão, seria absurdo, se estivesse destinado a ficar eternamente insatisfeito. Mas isto não quer dizer que sejamos nós a satisfazê-lo. Somos "capazes" de ser satisfeitos, não de nos satisfazermos a nós próprios.
A sede que seca a garganta do homem diz que este é capaz de beber, mão que ele mesmo seja a fonte fresca e cristalina que pode sacia-lo. Assim, o homem é capaz do infinito, capax Dei, porque pode acolhê-lo se este sai ao seu encontro e não porque se possa construir por si mesmo o infinito que anseia.

Quando o homem se reconhece capax Dei, o seu desejo, a sua nostalgia, o seu anseio, são abraçados pela sua liberdade e convertem-se em súplica. E nesta súplica, o homem adquire a sua verdadeira estatura. «Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus» (Mt 5,3)

A pobreza de espírito que bendiz Jesus nas bem-aventuranças, e cuja expressão mais eloquente é a prece, a súplica, constitui a plenitude da experiência humana. É o momento no qual o coração do homem diz ao Infinito que intuiu: "vem, manifesta-te!". Cada fibra do ser do homem espera e deseja, pede e suplica que o infinito saia ao seu encontro. Quer conhecer o seu rosto e pede-lhe: «buscarei o teu rosto, Senhor, não me escondas o teu rosto» (Sl 26)

E Deus não deixou sem resposta a súplica do homem: «Mediante a razão natural, o homem pode conhecer a Deus com certeza a partir das suas obras. Mas existe outra ordem de conhecimento que o homem não pode de nenhum modo alcançar pelas suas próprias forças, a da Revelação divina (cf. Vaticano I: DS 3015). Por uma decisão inteiramente livre, Deus revela-se e dá-se ao homem. Fá-lo revelando o seu mistério, o seu desígnio benevolente que estabeleceu desde a eternidade em Cristo, em favor de todos os homens. Revela plenamente o seu desígnio enviando o seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, e ao Espírito Santo».

As orações dos salmos, os textos da Eucaristia, o tempo do Advento, toda a liturgia da Igreja são uma educação permanente a viver de maneira consciente e cada dia mais disponível esta súplica ao Senhor.

Pela manhã, no início do dia, na oração de laudes, as primeiras palavras que a Igreja nos faz recitar são: «Deus vinde em nosso auxílio. Senhor socorrei-nos e salvai-nos». Deste modo, educa-nos e nos ajuda a compreender que o desejo está chamado a converter-se em súplica.

5. Companheiros de caminho de todos os homens

Nesta súplica todos os homens se percebem companheiros de caminho.

Reconhecer o desejo do infinito que constitui o coração de cada homem permite-nos dar-nos conta da unidade que existe entre nós.

As expressões deste desejo podem ser muito diferentes. Algumas delas podem resultar duras, ofensivas e violentas. E, ainda assim, são expressões da mesma busca que vive no nosso coração.

Quem se reconhece em busca sabe que está próximo de todo o homem: nada nem ninguém lhe é estranho. Para a Igreja não há "distantes: porque todos os homens vivem, perguntam-se e desejam. Todos buscam.

Por isso, o cristão não teme falar da sua busca com todos. Inclusive com aqueles que se riem dele, que o chamam sonhador ou visionário.

Uma simpatia imensa por todo o homem o acompanha quotidianamente. A arte, a literatura, a música, tudo o que expressa o génio do homem é, para quem busca, ocasião de reconhecer de novo o desejo que o constitui.

Se alguém tenta discutir este assunto com os seus colegas de turma, dar-se-á conta que é verdade.

Fonte:http://pt.madrid11.com/JMJ2011PT/REVISTA/articulos/GestionNoticias_362_ESP.asp

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cardeal Meisner: antes de mudar Igreja, é preciso mudar próprio coração

Exorta a reconhecer o valor do sacramento da Confissão

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 9 de junho de 2010 .Para tornar a Igreja "mais atraente", o primeiro passo não deve ser tentar mudá-la, e sim buscar mudar o próprio coração.

Foi o que afirmou o cardeal Joachim Meisner, arcebispo de Colônia (Alemanha), na manhã desta quarta-feira, na Basílica de São Paulo de fora dos Muros, durante a meditação por ele oferecida antes da Celebração Eucarística presidida pelo cardeal Cláudio Hummes, por ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal.

Uma vez que a Igreja é a Ecclesia semper reformanda, explicou o cardeal Meisner, nela tanto o sacerdote como o bispo são também um semper reformandus e, como Paulo em Damasco, "devem sempre ser atirados ao chão de seu cavalo, para cair nos braços de Deus misericordioso, que os envia depois ao mundo".

Para isso, "não é suficiente que em nosso trabalho pastoral desejemos levar a cabo correções nas estruturas de nossa Igreja (...); é preciso uma mudança de coração, em meu coração".

"Somente um Paulo convertido foi capaz de mudar o mundo", enfatizou.

O cardeal Meisner reconheceu que "uma das perdas mais trágicas" sofridas pela Igreja na segunda metade do século XX foi "a perda do Espírito Santo no sacramento da Reconciliação".

A participação escassa neste sacramento é, segundo ele, "a raiz de muitos males na vida da Igreja e do sacerdote".

"Quando os fiéis me perguntam: ‘como podemos ajudar nossos sacerdotes?', sempre respondo: ‘confessando-se com eles!'", acrescentou.

Para o purpurado, "quando o sacerdote deixa de ser um confessor, torna-se um assistente social religioso, entrando em uma grave crise de identidade".

"Confessar-se significa recomeçar a crer - e, ao mesmo tempo, descobrir - que até então não havíamos nos dedicado com suficiente profundidade e que, por isso, devemos pedir perdão."

De fato, é nesse sacramento que se encontra "o Pai misericordioso com os dons mais preciosos que tem para oferecer - o perdão e a graça".

Com a confissão, concluiu, "volta-se para o interior do próprio movimento do amor de Deus e do amor fraterno, na união com Deus e com a Igreja, pelo qual se exclui o pecado".


Fonte:http://www.zenit.org/article-25173?l=portuguese

Vida do Santo Cura d'Ars

10/06/2010

O Santo Cura d'Ars foi um dos modelos a imitar neste ano sacerdotal proposto pelo Papa Bento XVI.
“O homem que se fez misericórdia” é o título da nova biografia de São João Maria Vianney, que permite aprofundar também o período de perseguição que a Igreja na França sofreu.

“Em primeiro lugar, recordar que o Santo Cura d'Ars viveu em perseguição dos 3 aos 14 anos, quando ocorreu a revolução francesa, a grande revolução francesa que se põe como o encontro com as liberdades, liberdade, fraternidade e igualdade, uma revolução francesa que quase acabou com a Igreja Católica, algo que muitas vezes se desconhece, a Igreja Católica beatificou mais de 400 pessoas que morreram nessa perseguição. O santo Cura d'Ars que teve que se esconder para viver sua fé”.

O autor deste livro, padre Teulón, destaca a atitude do Santo Cura d'Ars com os fiéis que o procuravam para confessarem-se.

“O grande confessor, o homem que se fez misericórdia, a segunda parte da biografia quer destacar a atitude que o Cura d'Ars teve como inúmeros santos para ajudar de uma maneira muito discreta e sem alarmes”.

Uma obra que conduz também à oração.

“Para muita gente que não conhece a vida do Santo Cura d'Ars é uma janela para começar a ter gosto por este grande santo, não somente neste ano sacerdotal, mas através deste desejo de que rezem por nós que necessitamos muito”.




Fonte:http://www.h2onews.org/portugues/175-ano-sacerdotal/224445176-vida-do-santo-cura-dars.html

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Palavras do Santo Cura d’Ars - O sacerdote

Excertos das palavras do Santo Cura d’Ars
Com suas palavras, João Maria Vianney soube tocar os corações e guiá-los para Deus

O sacerdote

A ordem: é um sacramento que não parece dizer nada a nenhum de vocês, mas diz respeito a todos.

É o sacerdote quem continua a obra da Ressurreição na terra.

Quando vocês vêem o sacerdote, pensem em Nosso Senhor Jesus Cristo.

O sacerdote não é sacerdote para si mesmo, mas por vocês.

Tentem se confessar com a Santa Virgem ou com um anjo. Eles os absolverão? Darão o corpo e o sangue de Nosso Senhor a vocês? Não, a Santa Virgem não pode trazer seu divino Filho na hóstia. Ainda que vocês tivessem duzentos anjos a sua disposição, eles não poderiam absolvê-los. Um sacerdote, por mais simples que seja, pode fazer isso. Ele pode lhes dizer: vão em paz, eu os perdôo.

Oh, o sacerdote é algo realmente grande!

Um bom pastor, um pastor de acordo com o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia, e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina.

O Sacerdócio é o amor do coração de Jesus.

Deixem uma paróquia vinte anos sem sacerdote: ali os animais serão adorados.


fonte:http://www.annussacerdotalis.org/clerus/dati/2009-06/12-13/Parole_del_Curato_pt.html



Palavras do Santo Cura d’Ars - A oração

Excertos das palavras do Santo Cura d’Ars
Com suas palavras, João Maria Vianney soube tocar os corações e guiá-los para Deus


Misericórdia e sacramento do perdão

Se compreendêssemos bem o que significa ser filho de Deus, não poderíamos fazer o mal [...]; ser filho de Deus, oh, que bela dignidade!

A misericórdia de Deus é como um rio que transbordou. Ao passar, arrebata os corações.

Não é o pecador que retorna a Deus para lhe pedir perdão, é Deus que corre atrás do pecador e o faz voltar para Ele.

Demos, portanto, esta alegria a esse Pai tão bom: voltemos a Ele... e seremos felizes.

O bom Deus está sempre disposto a nos receber. Sua paciência nos espera!

Há quem volte ao Pai Eterno um coração duro. Oh, como essas pessoas se enganam! O Pai Eterno, para desarmar sua justiça, deu a seu Filho um coração excessivamente bom: não damos o que não temos...

Há quem diga: “Agi mal demais; Deus não pode me perdoar”. Trata-se de uma grande blasfêmia. Equivale a impor um limite à misericórdia de Deus, que não tem limites: é infinita.

Nossos erros são grãozinhos de areia em comparação com a grande montanha da misericórdia de Deus.

Quando o sacerdote dá a absolvição, precisamos pensar apenas numa coisa: que o sangue do bom Deus se derrama sobre nossa alma para lavá-la, purificá-la e torná-la bela como era depois do batismo.

O bom Deus, no momento da absolvição, joga nossos pecados para trás das costas, ou seja, esquece-os, apaga-os: não reaparecerão nunca mais.

Já não há o que falar dos pecados perdoados. Foram apagados, não existem mais!



Fonte:http://www.annussacerdotalis.org/clerus/dati/2009-06/12-13/Parole_del_Curato_pt.html

Palavras do Santo Cura d’Ars - A Eucaristia e a comunhão

Excertos das palavras do Santo Cura d’Ars
Com suas palavras, João Maria Vianney soube tocar os corações e guiá-los para Deus

A Eucaristia e a comunhão


Todas as boas obras, juntas, não se equivalem ao sacrifício da Missa, pois são obras dos homens, enquanto a Santa Missa é obra de Deus.

Nada há tão grande quanto a Eucaristia.

Oh, filhos meus, o que faz Nosso Senhor no Sacramento de seu amor? Toma seu coração bom para nos amar, e extrai desse coração uma transpiração de ternura e misericórdia, para sufocar os pecados do mundo.

Aí está aquele que tanto nos ama! Por que não amá-lo?

O alimento da alma é o corpo e o sangue de um Deus. Se pensarmos nisso, havemos de nos perder eternamente nesse abismo de amor!

Venham à comunhão, venham a Jesus, venham viver d’Ele, para viver para Ele.

O bom Deus, querendo oferecer-se a nós no sacramento de seu amor, deu-nos um desejo grande e profundo, que só Ele pode satisfazer.

A comunhão produz na alma uma espécie de lufada de ar num fogo que começa a se apagar, mas em que ainda ardem muitas brasas!

Depois que comungamos, se alguém nos dissesse: “O que você leva para casa?”, poderíamos responder: “Eu levo o céu”.

Não digam que não são dignos disso. É verdade: vocês não são dignos, mas precisam disso.



Fonte:http://www.annussacerdotalis.org/clerus/dati/2009-06/12-13/Parole_del_Curato_pt.html

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Futebol no Vaticano




Fonte: http://www.h2onews.org/portugues/1-Eventos/224444977-cronicas-vaticanas-futebol-no-vaticano.html

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Região da Itália dará R$ 10 mil a mulher que desistir de aborto

Para receber o dinheiro, mulher terá de comprovar que enfrenta problemas financeiros.


O aborto é permitido por
lei na Itália desde 1978

O presidente da região da Lombardia (norte da Itália), Roberto Formigoni, anunciou que o governo local pretende oferecer US$ 5,5 mil (o equivalente a cerca de R$ 10 mil) a mulheres grávidas para que desistam de abortos.

Para receber o dinheiro, que seria pago ao longo de 18 meses, as mulheres terão de provar que enfrentam problemas financeiros.


Formigoni, que é católico e aliado do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que nenhuma mulher na Lombardia deveria interromper uma gravidez por causa de dificuldades econômicas.

O aborto é permitido por lei na Itália desde 1978.

Os dados mais recentes sobre abortos na Itália revelam que em 2008 foram realizados cerca de 120 mil no país.

De acordo com o correspondente da BBC em Roma Duncan Kennedy, o número de abortos parece estar caindo, chegando a quase à metade do registrado em 1982.

Um porta-voz da Conferência de Bispos Italiana reagiu à nova política dizendo que "qualquer coisa que respeitar a vida deve ser aplaudida".


Ainda segundo o correspondente da BBC, críticos da medida ressaltaram que, se todas as mulheres da Lombardia com problemas financeiros decidirem manter seus bebês, a verba do governo se esgotará em três meses.


Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/06/regiao-da-italia-dara-r-10-mil-a-mulher-que-desistir-de-aborto.html

Bento XVI: mundo espera por Cristo, mesmo sem saber

Lança à Igreja inteira um convite solene para a missão "ad gentes"

PORTO, sexta-feira, 14 de maio de 2010 (ZENIT.org). Sem impor, mas sem deixar de propor, os cristãos devem responder "com urgência" à necessidade de evangelização, afirmou o Papa Bento XVI, na homilia da Missa celebrada hoje no Porto (Portugal), antes de concluir sua visita apostólica ao país.
Neste quarto e último dia, o Papa havia ido para a cidade do Porto, para celebrar a Eucaristia, cuja homilia dedicou quase exclusivamente ao que João Paulo II chamou de "nova evangelização" nas sociedades secularizadas.
A celebração aconteceu na Avenida dos Aliados, em frente ao palácio municipal, e dela participaram quase 120 mil fiéis, vindos de todo o país, e também da Espanha e outros países europeus.
O Papa chegou diretamente do heliporto militar de Serra do Pilar, no papamóvel, acompanhado pelo bispo do Porto, Dom Manuel Clemente.
"O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Cristo enviado ao mundo. Esta é a missão inadiável de cada comunidade eclesial: receber de Deus e oferecer ao mundo Cristo ressuscitado, para que todas as situações de definhamento e morte se transformem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida."
Com efeito, afirmou o Papa, "se não fordes vós as suas testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar?".
Se a Igreja parasse de anunciar o Evangelho, "seria morrer a prazo, enquanto presença de Igreja no mundo", adicionou.
Diante da tentação do desânimo, Bento XVI adicionou que "a ‘desproporção' de forças em campo, que hoje nos espanta, já há dois mil anos admirava os que viam e ouviam a Cristo".
"Era Ele apenas, das margens do Lago da Galileia às praças de Jerusalém, só ou quase só nos momentos decisivos: Ele em união com o Pai, Ele na força do Espírito. E todavia aconteceu que por fim, pelo mesmo amor que criou o mundo, a novidade do Reino surgiu como pequena semente que germina na terra..."
Ad gentes
O Papa afirmou que a humanidade tem experimentado grandes mudanças, ao que é necessário resposta: "Hoje a Igreja é chamada a enfrentar desafios novos e está pronta a dialogar com culturas e religiões diversas, procurando construir juntamente com cada pessoa de boa vontade a pacífica convivência dos povos".
Este campo da missão ad gentes (faziam os gentios, os que não creem) "apresenta-se hoje notavelmente alargado e não definível apenas segundo considerações geográficas", esclareceu.
"Realmente aguardam por nós não apenas os povos não-cristãos e as terras distantes, mas também os âmbitos sócio-culturais e sobretudo os corações que são os verdadeiros destinatários da atividade missionária do povo de Deus."
"Nada impomos, sempre propomos - explicou aos presentes - prontos sempre a responder a quem quer que seja sobre a razão da esperança que há em vós (1 Ped 3, 15). E todos afinal no-la pedem, mesmo quem pareça que não."
Embora sem o saber, afirmou o Papa, "é por Jesus que todos esperam. De fato, as expectativas mais profundas do mundo e as grandes certezas do Evangelho cruzam-se na irrecusável missão que nos compete", pois "sem Deus, o ser humano não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem é".
Portanto, nós, cristãos, "somos chamados a servir a humanidade do nosso tempo, confiando unicamente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra".
"Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado, por inadvertência deste ponto! Tudo se define a partir de Cristo, quanto à origem e à eficácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Cristo."
Encontro vocacional
Ao terminar a Missa, Bento XVI abençoou a primeira pedra do seminário Redemptoris Mater Santa Teresinha do Menino Jesus, do Porto. Neste tipo de seminário, diocesano, missionário e internacional, são formados jovens do Caminho Neocatecumenal.
Na verdade, milhares de jovens desta realidade eclesiástica foram em peregrinação estes dias a Fátima para participar do encontro com o Papa. Como foi informado à Zenit pela assessoria de imprensa do Caminho Neocatecumenal na Espanha, eles são cerca de 20 mil jovens na Europa.
Antes de voltar aos seus países de origem, os jovens tiveram um encontro vocacional com os iniciadores do Caminho, Kiko Argüello, Carmen Hernández e Mario Pezzi, no Santuário de Fátima. O encontro foi presidido pelo cardeal José Policarpo, patriarca de Lisboa.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Marchas pelas vocações na diocese de Nancy, no nordeste da França

01/06/2010 (1:45)

Por ocasião do Ano Sacerdotal, inúmeras paróquias organizaram nas últimas semanas marchas pelas vocações. Foi o que aconteceu na diocese de Nancy, no nordeste da França, onde os participantes percorreram os cerca de 10 Km entre a Basílica de Saint Nicolas de Port e a Catedral de Nancy.

Padre Jean-Michaël Munier: “É o nosso modo de mostrar que estamos todos solidários com as vocações e que rezamos todos juntos para que o Senhor mostre a sua estrada ao maior número de pessoas, de modo que possamos viver a nossa vida de cristãos com o maior número de padres e de consagrados”.

Durante a marcha, foram organizadas atividades para permitir aos participantes repousarem e ouvirem os testemunhos de alguns padres.

Padre Jean-Michaël Munier: “Configurados a Cristo como padres, devemos contemplá-lo para nos parecer sempre mais com Ele, para que nos torne sempre mais parecidos com Ele. Creio também que nesta amizade com Cristo, neste diálogo, neste face a face com Cristo, exista algo de autenticamente pastoral: porque todo este povo que nos foi confiado deve ser apresentado a Cristo. E é primeiramente Ele que atua através todos aqueles que nos são confiados neste ministério”.

As pessoas que não participaram da marcha se reuniram para rezar na catedral de Nancy. A jornada se concluiu com a celebração da Eucaristia.

SOTTOPANCIA: Padre Jean-Michaël Munier, Diocese de Nancy




fonte: http://www.h2onews.org/portugues/1-Ano%20Sacerdotal/224444914-caminhar-pelas-vocacoes.html

sábado, 29 de maio de 2010

Bento XVI: que o desenvolvimento seja para a humanidade

24/05/2010
Somente graças a uma correta hierarquia dos bens humanos é possível compreender que tipo de desenvolvimento deve ser promovido, disse o Papa no discurso à Fundação Centesimus Annus. O desenvolvimento integral dos povos, objetivo central do bem comum universal, é dado principalmente pelo incremento de escolhas certas, que são possíveis quando existe a noção de um bem humano integral, quando existe um telos, um fim, à luz do qual o desenvolvimento é pensado e organizado. Em uma sociedade mundial, composta por muitos povos e por religiões diferentes, o bem comum e o desenvolvimento integral são obtidos com a contribuição de todos. Excluir as religiões do âmbito público, assim como, do outro lado, o fundamentalismo religioso, impedem o encontro entre as pessoas e sua colaboração pelo progresso da humanidade.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Será realizado itinerário espiritual com 13 etapas


ROMA, quarta-feira, 26 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Um itinerário de 13 etapas, desde Pentecostes 2010 até a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri em 2011 (16-21 de agosto), é a proposta da Coordenação de Jovens do Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC) aos jovens de todos os países nos quais a Ação Católica está presente, como preparação para o encontro com o Papa.

"É o momento de iniciar nossa peregrinação espiritual em preparação para a JMJ de Madri, para começar a ‘esquentar' o coração e a mente. No centro deste itinerário situam-se as orações e o acompanhamento dos santos", escreve Chiara Fionocchietti, responsável da Coordenação de Jovens do FIAC e vice-presidente nacional do Setor de Jovens da Ação Católica italiana, em uma carta enviada aos responsáveis da AC.

Cada etapa do itinerário - uma nomeação por mês - virá marcada por um versículo da Oração de preparação da JMJ e uma meditação bíblica sobre um dos evangelhos festivos do período.

Cada meditação está composta por algumas breves linhas de introdução antropológica, seguidas de uma reflexão sobre a palavra de Deus. Conclui com o testemunho de um jovem santo ou beato de Ação Católica com uma breve biografia, e algumas expressões significativas, as palavras que dedicou ao Santo Padre.

A proposta está pensada para a oração pessoal e de grupo, em nível paroquial ou diocesano. Pode ser impressa em uma folha A4, frente e verso e, consequentemente, pode ser copiada facilmente e distribuída aos amigos.

"Pode ser a ocasião - destaca Finocchietti - para se encontrar com jovens de outros grupos e compartilhar uma comum aproximação da Jornada Mundial da Juventude de Madri."

A primeira meditação, que marca o período desde domingo de Pentecostes até dia 20 de junho, "está acompanhada - conclui Finocchietti - pela figura luminosa de Pier Giorgio Frassati, padroeiro da JMJ de Sydney, que nos acompanha idealmente no itinerário entre as duas Jornadas mundiais".

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ja tava na hora!!
É isso mesmo galera, hoje no fim da tarde foi aprovado por unanimidade o Projeto Ficha Limpa. Agora é ficar na torcida para que ele entre em vigor já na próxima eleição.

O Senado aprovou nesta quarta-feira (19) o projeto ficha limpa, que impede a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada em processos ainda não concluídos. Foi mantido o texto aprovado na Câmara. O projeto teve 76 votos a favor, sem votos contrários e abstenções –o presidente do Senado não votou e quatro senadores não compareceram à sessão. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/plenario-do-senado-aprova-ficha-limpa.html

Índia: sacerdote morre tentando salvar jovens de afogamento

GOA, segunda-feira, 17 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Um sacerdote morreu na praia de Galgibaga, Índia, tentando salvar três jovens do afogamento, na semana passada.

O Pe. Thomas Remedios Fernandes, de 37 anos, vigário da paróquia de Jesus, Maria e José, estava com um grupo da paróquia que comemorava um dia de convivência na praia, segundo informou a agência Cathnewsindia. Não hesitou em lançar-se ao mar revolto para socorrer três jovens que gritavam por socorro.

O presbítero conseguiu salvar os três - uma jovem e dois rapazes de idades entre 17 e 19 anos -, mas enquanto salvava o terceiro, sofreu um ataque cardíaco e não resistiu.

O ato comoveu as mais de 60 pessoas que testemunhavam o resgate.

O sacerdote recebeu assistência no local e foi levado ao hospital, onde os médicos constataram sua morte. Os três jovens resgatados receberam os primeiros-socorros e passam bem.

Na comunidade católica de Goa vive-se a perda do sacerdote com dor, mas também com admiração e esperança.

"Foi um pastor que deu a vida por suas ovelhas - comenta-se. Neste Ano Sacerdotal, é um exemplo e testemunho para todos os sacerdotes."

Fonte: http://www.zenit.org/article-24924?l=portuguese

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vocação: por Frei Bruno Varriano

Frei Bruno Varriano
Frei Bruno Varriano

"Quando falamos de doação total e 'para sempre' na vida religiosa existe muito medo"

Nesta semana o portal cancaonova.com traz até você uma entrevista sobre o desafio da formação do jovens que abraçam a vida consagrada nos tempos atuais. Frei Bruno Varriano, responsável pelas vocações franciscanas na Terra Santa, psicoterapeuta, atuante na formação inicial dos jovens que sentem o chamado ao carisma franciscano, esteve recentemente visitando as instalações da Comunidade Canção Nova e falou conosco sobre este tema.


Escute na integra a reportagem

cancaonova.com: Como descobrir uma vocação tão específica como a da vida consagrada?


Frei Bruno: Bem, para falar de consagração nós precisamos falar de tipos de corações. Todos nós somos amados por Deus, temos vocação à vida e a ser cristãos, mas o tipo de coração, o modo de responder a este amor é que se torna diferente.

Quando um jovem sente no coração um desejo de plenitude que não encontra em outro lugar, ele encontra em Deus, num modo de vida totalmente consagrado, um modo de vida de entrega e doação aos outros. Isso não quer dizer que os outros modos de vida não sejam de entrega ao Senhor, mas quando o jovem sente essa inquietação de entrega total, já é uma pergunta para iniciar o processo de discernimento vocacional.


cancaonova.com: E neste mundo pós-moderno, quais os desafios de formar os jovens que responderam a esta inquietação e que agora se encontram num modo de vida de princípios e regras próprios da vida religiosa?


Frei Bruno: Penso que o primeiro desafio é justamente o próprio jovem que vem de uma sociedade relativista, uma sociedade no qual o amor ágape (que é o amor-doação) não é tanto valorizado, os jovens já não vêm com uma integridade, não sabem regular o tempo; por exemplo, chegam à vida religiosa na qual existe tempo para tudo: tempo para oração, tempo para a vida comunitária, tempo para os estudos, para a formação, para o trabalho manual, por essa razão, saber regular o tempo é um dos desafios. As regras não são para oprimir, mas sim, para ajudar o religioso a viver a sua vida concretamente. Eu penso que isso seja uma das coisas mais difíceis para os jovens de hoje. Na minha casa de formação na Itália, por exemplo, os jovens têm 30 minutos para usar a internet, ou seja, em 30 minutos eles têm de pensar em tudo o que vão escrever num e-mail, etc., mas quando chegam, a realidade em que viviam era de ficar 6 a 7 horas por dia conectados na rede mundial de computadores e até tarde da noite. Então, os jovens devem se adequar a esta nova realidade de vida religiosa, de regulação do tempo, de uma vida comunitária, que é o maior desafio para eles no dia de hoje.

"Ser franciscano na Terra Santa é uma vocação na vocação"
Foto: Wesley Almeida


cancaonova.com: O senhor é o responsável de receber estes jovens que não aprenderam a administrar o tempo, que não aprenderam a fazer bem cada coisa. Qual a forma que é usada para fazer com que eles entrem na pedagogia da vida consagrada?


Frei Bruno: A primeira coisa é que este jovem se sinta acolhido e amado. Esta é a pedagogia: que ele se sinta acolhido, esperado e escolhido por Deus, mas também por nós (formadores); é uma atenção especial. A partir daí se inicia um caminho de confiança, ou seja, eu confio neste jovem que chegou – e este é um trabalho que eu devo fazer comigo mesmo. Eu digo aos jovens que chegam para ser em um "frade menos" porque o “frade menor” já está dentro deles, o que nós formadores temos de fazer é deixar o ambiente equilibrado, graduado, - e aí é preciso muita paciência de nossa parte – dessa forma vamos acompanhando o formando e a cada quinze dias há um atendimento pessoal para ver como ele está caminhando, pois o formador pode ter mil coisas a fazer, mas a atenção ao formando é a coisa mais importante, ou seja, depois de Deus, da vida de oração, o formando é a prioridade da minha vida. É dessa forma que eles se sentem escolhidos e acolhidos: quando o formador tem tempo para eles, porque muitos destes jovens não tiveram esta atenção em suas famílias, o pai e a mãe não tinham tempo para eles. Depois, a grande comunidade é chamada a envolvê-lo, dando a ele uma responsabilidade, como cuidar da sacristia, cuidar do acolhimento dos hóspedes, para que se sintam em família. Dessa forma já vão sendo formados e passam para outra etapa formativa de forma mais tranquila.


cancaonova.com: O jovem de hoje apresenta certa dificuldade em assumir compromissos definitivos. Em sua opinião qual a raiz disso?

Frei Bruno: Hoje o mundo vive a mentalidade do “descartável”, tudo é descartável, dessa forma a ideia do "para sempre" causa muito medo, ou seja, é uma mentalidade de que as coisas durarão pouco e este pensamento chega ao convento e à vida religiosa. Quando falamos de doação total e para sempre existe muito medo. Eu penso que essa mentalidade é fruto de uma sociedade consumista, a sociedade do descartável, na qual as pessoas vivem como voluntárias, ou seja, se doam por pouco tempo. No entanto, o mundo não pode viver de modo descartável, a família, por exemplo, depende de algo duradouro, até mesmo para a saúde mental dos filhos. E também a Igreja precisa de “pais” em plenitude e para sempre. Na vida religiosa não devemos ter medo da palavra "para sempre". Não é que com isso vamos "abaixar a montanha", mas vamos ajudar a subi-la. Não significa abaixar os valores da vida religiosa, porque o valor da vida religiosa é o compromisso para sempre.


cancaonova.com: Como é o trabalho dos franciscanos na Terra Santa?

Frei Bruno: O trabalho dos franciscanos é inter-religioso, com os muçulmanos e judeus, com a custódia dos lugares santos, são 56 santuários que os franciscanos precisam zelar, preparar hóstias para as celebrações, guiar os peregrinos que vão à Terra Santa; temos também os trabalhos com os pobres. E quem quer ser missionário na Terra de Jesus precisa ter esta abertura missionária, porque são apenas 2% de cristãos, e estes 2% precisam ser bem cuidados pelos frades.


cancaonova.com: O jovem que agora acompanha esta entrevista e sente o chamado de ser franciscano na Terra Santa, quais os passos que ele precisa dar tomar para esta vocação?

Frei Bruno: Primeiro, ele deve viver uma autêntica vida cristã na sua paróquia, porque o essencial e que vem em primeiro lugar é uma vida com Cristo. Depois ele deve ter um contato conosco, por e-mail, por carta, por telefone, e neste tempo eu tento visitar, durante um ano, grupos que já tenham sido formados, e depois ele precisa fazer uma experiência com a vida comunitária, é o “Vinde e vede” como nós vivemos, o concreto da nossa vida. É interessante dizer que ser franciscano na Terra Santa é uma vocação na vocação, pois São Francisco, quando escreveu num dos parágrafos da regra franciscana sobre a Terra Santa, disse que nós seríamos como “ovelhas no meio de lobos” e nós sabemos que a ovelha não se defende, ela é humilde. Francisco não queria que os frades fizessem discussões de religião, é um “silentio operandi”: um silêncio operador, aquele que testemunha com a vida. Isso é algo muito belo e eu o comparo ao deserto. O deserto de Judá, por exemplo, é muito belo, mas, ao meio-dia, fica nele só quem o ama, pois há pessoas que o acham bonito, mas não conseguem suportar o calor do meio-dia. Na Terra Santa, quando todos os peregrinos vão embora do lindo deserto, os frades ficam no "deserto" da solidão, de estar longe da família, no "deserto" de aprender outra língua e se há um momento de guerra os peregrinos vão logo embora, mas os franciscanos ficam num santuário dois, três, seis meses, ou até um ano, até que a guerra termine e os peregrinos voltem. Então, para ser missionário na Terra Santa é preciso passar a amar o "deserto".

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/entrevista/entrevistas.php?id=982